Empresas realizam operação de securitização em financiamento educacional para médicos
Parceria entre Provi, Augme Capital, Yunus e VERT também vai ajudar na capacitação de estudantes de outros cursos para o fomento de mão de obra qualificada
O Brasil e o mundo se veem de frente a uma crise sem precedentes. A COVID-19 desafia a comunidade global e todos os países lançam mão de todos os recursos à disposição para enfrentá-la. Mas é evidente que o problema que esta crise traz à tona é muito maior. A importância de algumas profissões das quais não podemos jamais prescindir, por um lado. E por outro a falta de mão de obra qualificada, somada a crise de desemprego que afeta, principalmente, as pessoas mais jovens, que se veem desiludidas com as energias desperdiçadas em seu auge.
Enquanto em países desenvolvidos as profissões técnicas são valorizadas e muito procuradas, temos ainda, no Brasil, um foco maior nas carreiras universitárias. As profissões técnicas e o empreendedorismo de base são opções relevantes e ainda não exploradas com todo o seu potencial no Brasil. E faltam meios para que estudantes, principalmente os das classes mais baixas, possam acessar cursos que os formem como bons técnicos ou como bons empreendedores de base. Os altos custos envolvidos com mensalidade e moradia ainda são uma barreira de entrada para este acesso.
Pensando neste problema a Provi criou uma estrutura de crédito que oferece apoio financeiro às populações mais pobres, e a estudantes de medicina que precisam de ajuda financeira para se dedicarem integralmente aos cursos sem fontes de renda suficientes provenientes do trabalho. É uma chance para esses estudantes concluírem seus estudos e terem fôlego para se manter durante o período de estudos.
Para ampliar esta solução inovadora a Provi, em parceria com a Augme Capital, Yunus Negócios Sociais e a VERT, realizou uma inovadora operação de securitização envolvendo um negócio social, por meio da emissão de debêntures destinadas ao investimento da Augme e Yunus, entre outros investidores.
E como funcionou a operação? Os créditos originados pela Provi foram “empacotados”, ou “securitizados”, na linguagem do mercado de capitais, pela VERT e oferecidos, na forma de debêntures, aos dois investidores. Nesse tipo de captação, os créditos são vendidos, e a fintech recebe à vista o que receberia a prazo. Assim, ela tem recursos disponíveis para novos financiamentos educacionais.
Com essa parceria, a Augme Capital aporta seu conhecimento do mercado de gestão de recursos e entendimento de que o dinheiro deve, também, ter um papel de transformação da sociedade. A Yunus usa da sua expertise no mercado de negócios sociais e assessora o desenvolvimento da operação para que se alcance o maior impacto social possível.
Juntos, Provi, Augme Capital, Yunus Negócios Sociais e VERT mobilizam uma importante frente que terá impacto não apenas no curto e no médio prazo, mas que nos prepara para necessidades futuras, aportando ferramentas e tecnologias disponíveis no mercado em favor da melhora da nossa sociedade.